quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

OS OLHOS E A MÃO DE DEUS

ESTÃO EM TODO LUGAR,

ELE VÊ E SABE DE TUDO,

NADA ESCAPA AO SEU OLHAR!


DEUS É AMOR E JUSTIÇA.

DEUS É PAZ E CIÊNCIA.

DEUS É FÉ E ESPERANÇA.

DEUS É A PROVIDÊNCIA!





















VERSOS BRANDOS

TEXTO ADAPTADO (T.S.)

DA OBRA DE BOCAGE


És como víbora,

coberta de flores,

sedenta de estragos

aonde quer que fores...


Aqueles que animam 

teus furtivos afagos,

se bem os favoreces,

não te causam estragos...


Fácil não é congregá-los,

como sedutor e seduzidos,

aqui e ali, sorrisos forçados,

mais além, discretos gemidos...


Estes seus amigos inconstantes,

que houveras outrora juntado,

sumirão repentinamente,

sem sequer seres avisado...


Oh, natureza corrupta,

contra a qual sempre remo,

não padece bem supremo,

nem bem supremo desfruta...


Ora o amado vício enluta

esta máquina ambulante,

ora a virtude anda errante,

entre temor e incerteza...


Mas vem e corrige a Natureza,

de forma austera e constante...


Vinde, insanos Magistrados,

que tanto abusais do Poder,

estudar, devidamente,

sobre qual é o Vosso Dever!


Nem todos são estultos,

mortos, inertes, ou dispersos,

entendem os insultos

e sabem ouvir muito bem

estes meus brandos versos.




O PUNHO DA SERPENTE

TÉRCIO STHAL


Por onde passa, a serpente

vai chacoalhando o rabo

e distraindo muita gente...


Quem chama a sua atenção

ou dá com a língua nos dentes,

com o seu veneno cruel

ela sempre tenta dar cabo.


Não se iluda com o rabo da cobra,

nem se ponha a nele pisar,

pois o veneno que tem de sobra

está na frente para envenenar...


Quem há de segurar

o punho da serpente,

Abrir a sua boca e tirar

o veneno do seu dente?


Quem vai trazer o antídoto

que, certamente, pode nos dar 

o amanhecer mais ameno?




NO IMPÉRIO DAS TESOURAS

TÉRCIO STHAL


O Imperador,

no Império das Tesouras,

com o seu dedo proeminente

traça a linha imaginária

visando conter e separar 

todos os animais...


Mas sempre tem

cabritos que berram,

correm, pulam e escapam,

chamando a atenção da Onça,

dos Leões de Chácara,

dos Sacrossantos e de Pássaros

de todos os cantos...


Com peneiras não

se cobrem os sóis,

o Imperador se vê

em maus lençóis

e convoca os Alfaiates

para tecerem os Mantos...


Mantos que possam 

ofuscar a visão da Onça,

dos Leões de Chácara,

dos Sacrossantos e dos pássaros

de todos os cantos...


Onde mais?

Até quando?

Apenas isto!

E nada mais!



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