(SOFOCLETO)
TEMOS
NO ESPELHO
COLORIDO,
A VIDA.
(GOETHE)
CALIDOSCÓPIO PRISMÁTICO
TÉRCIO STHAL
Quando o líquido cristalino
Se faz recipiente, aprisco,
As imagens mostram o prisco,
O distinguir, o pristino.
E então, no cilíndrico objeto,
O refletir de cada aspecto,
De cada ponto do mundo,
Lá no fundo, bem no fundo,
Os móveis e vitrificados fragmentos
No jogo de espelhos longitudinais
Vão moldando larguras e comprimentos,
Alturas e áreas espaço-temporais...
Produzem e reproduzem,
E ampliam e reduzem,
Combinações de imagens,
Combinações de miragens.
E ao refletir cada ponto,
Cada quadro presente,
Cada ícone, cada encontro
E cada espaço ausente.
Assim, no poliedro,
Com faces paralelas e congruentes,
A pretensão e o assédio
Com as faces em paralelogramos
E, na substância transparente
O acender das chamas,
O dispersar, o refratar
Ou o refletir da luz,
Para que sua intensidade sem par
Não afete quem a conduz.
No prismático calidoscópio,
No jogo entre gasosos,
Entre líquidos e sólidos,
Entre espelhos e miragens.
Do labirinto de imagens:
Mensagens e caricaturas,
Ilustrações e figuras
De páginas que coincidem ou não,
Quando superpostas.
De páginas que harmonizam ou não,
Perguntas e respostas.
Mas com o fim a que se destina,
Ou seja, em tudo mostrar a sina:
Da noite, a escuridão e as sombras,
E a coerência e harmonia
Na plenitude da luz do dia.
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