quarta-feira, 25 de maio de 2022

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REI ARTHUR E A TÁVOLA REDONDA 

TÉRCIO STHAL

(REVISITANDO OS CLÁSSICOS DA LITERATURA)


Quem me contou a história do Rei Arthur

Foi Viviana, a Dama do Lago!

Todo poder lhe deu Merlin, o Mago,

Que por ela viveu eternamente apaixonado!


Das profundas águas Viviana emergiu

Com a espada de lâmina inquebrável!

Merlin apresentou ao Jovem Arthur

A Espada Mágica chamada Excalibur!


Forjada por um Elfo, grande ferreiro,

Sua bainha fechava o corpo inteiro

Do Rei no campo de batalhas!


Tomou posse o Jovem Arthur

Da Espada Excalibur,

Ao seu pai Uther se revelou

e por quinze anos o trono herdou!


Comandou a Batalha de Badon

E um número crescente de seguidores

Rapidamente a ele se juntou!


Merlin cria, então, a Távola Redonda,

E mais de cem guerreiros em volta dela

Foram se juntar em pé de igualdade!


Mas, nem assem, se pode conter

As disputas de poder, a ambição e a maldade!

Morgana, a meia-irmã, manipuladora de Arthur,

Aprisionou a Viviana e roubou a Excalibur!


Logo após, ela foi recuperada

Mas sem a sua bainha mágica!


Arthur, sem esta proteção, minha gente,

Batalhou com Mordred, seu sobrinho-filho,

E este, antes de morrer, fere Arthur violentamente...


Então, o Cavaleiro Bedivere,

Lança ao Lago a Escalibur!


Arthur, o Rei convalescente,

Tem imediatamente a visão

De que apenas e tão somente

O Graal poderia salvar o seu Reinado

E o curar de todo o mal!


Todos se puseram a procurar o Graal

E viveram diversas aventuras,

Mas em vão foram todas procuras!


Enquanto isto, o Rei Arthur 

Foi levado por Merlin

Para a Ilha de Avalon... 

E chega aí o seu final!


É o fim! É o fim! É o fim!

Será que todas as batalhas

Precisam terminar assim?




LUZ, CÂMERA, AÇÃO

TÉRCIO STHAL


"Era um garoto como eu:"

Poderia pensar, atuar e agir

Para descobrir o segredo de usar

A lente mágica e o globo ocular!


Admitindo ser a prosa e a poesia,

A compor histórias e poemas,

Para além das demarcações

Do senso e do lugar comum!


"Era um garoto como eu!"




O REMENDO

TÉRCIO STHAL


Apesar
De nunca falar
Que a Terra é plana,
Fui flagrado
De terno, gravata
E sapato engraxado
Andando depressa
Pela areia da Praia
De Copacabana.

Apesar
De não afirmar
Que a Terra é redonda,
Fui flagrado,
Ora veja,
Andando pelado,
Bebendo cerveja
E fazendo onda
Atrás da cortina
Da Igreja.

Apesar
De não confirmar
Que a Terra é oval,
Fui flagrado
Como ovo,
Ora em pé,
Ora deitado,
Rolando
No meio do povo,
Sem açúcar
E sem sal,
Antes de ser
Quebrado.

Da tragédia,
Da tragicomédia
E do humor desvairado,
O remendo é a farsa
Caricatural
Do romântico
Incompreendido
E esfarrapado.




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