quarta-feira, 23 de setembro de 2020

"...EVA, O QUE VOCÊ VÊ

QUANDO FECHA OS OLHOS?"





 


















O MOSQUITO E O LEÃO

TÉRCIO STHAL

(À MODA ESOPO OU LA FONTAINE)


- E esta agora,

Porque fazes tanto alvoroço

Com estes teus rugidos?


Pensas que és grande coisa?


Rá, rá, rá...


Só porque tens este imenso corpanzil

E uma carranca horrenda,

Acreditas que és o Rei dos animais?


Rá, rá, rá...

Aqui estou eu!

Não tenho medo de ti!

Dizia o Mosquito.


Com quem falava?

Ora, com um Leão!

Sim! Um Mosquitinho

Desafiando a um Leão!


Ih! 

Mas não ficou apenas nisto!

Disse mais!

Ora, defende-te lá!

Lute comigo!

Meçamos forças!

E, de pronto,

Agarra-se às ventas do Leão.


O Leão ruge

A ponto de abalar as montanhas!

E, com a pata, tenta arrancar

Do seu nariz

O miserável Inseto!


Rá, rá, rá...


O Mosquito, porém,

Introduz-se pelas ventas do Leão

E, avançando mais para dentro,

O "morde!"


O Leão, furioso e indignado,

Acelera os seus movimentos,

Bate com a cauda em sua região lombar,

Salta bem alto e com  as garras

Dilacera o próprio focinho...


Ah, enquanto o Mosquito,

Vagarosa e continuadamente,

Vai multiplicando ferretoadas!


Rá, rá, rá...


O Leão, para ver-se livre

De tão tênue inimigo,

Emprega força

Que seria suficiente 

Para domar até Tigres!


E num momento de extrema fúria,

Depois de morder a si próprio

E dilacerar todo o seu corpo

Com as garras,

Cai inanimado!


Neste momento, o Mosquito sai,

Das ventas do Leão, 

Zunindo e celebrando a sua vitória!


Rá, rá, rá...



MORAL DA ESTÓRIA:


NÃO HÁ INIMIGO FRACO,

PARA DAR CABO DE UM LEÃO,

POR VEZES BASTA APENAS UM MOSQUITO,

DESDE QUE ESTE MOSQUITO

SAIBA AGIR E DIRIGIR OS SEUS GOLPES

COM EXTREMA PERSPICÁCIA!




O GATO E O GALO

TÉRCIO STHAL

(À MODA ESOPO OU LA FONTAINE)


Um dia, o Gato caçou um Galo

O amarrou e decidiu que iria devorá-lo...


O Galo perguntou:

- Por quê quer fazer isto comigo?


E o Gato respondeu:

- Você não é meu amigo!

Além disto, incomoda todo mundo

Cantando de madrugada!


Que nada! Disse o Galo.

Na verdade eu faço o bem,

Acordo todo mundo bem cedo

Para o trabalho e, com isto,

Não atrapalho ninguém!


Mas a justificativa do Galo

De nada adiantou,

O Gato, sem levar em conta

O que o Galo disse, o devorou!



MORAL DA ESTÓRIA:


QUANDO O INJUSTO DECIDE

FAZER AS SUAS MALDADES,

A MENOS QUE OCORRA O IMPONDERÁVEL

OU O ENFRENTAMENTO,

NENHUMA RAZÃO O IMPEDE!



Nenhum comentário: