quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

POUCOS FAZEM ROUPAS DESTE PANO,




























MUITOS A GUARDAR EM PEÇA, A MORAL,
SEM QUERER VIVÊ-LA NO COTIDANO,
A DECANTAM APENAS EM PEÇA TEATRAL.

(TS - PARAFRASEANDO JOSEPH JOUBERT)




TEMPO DE DECISÃO
TÉRCIO STHAL

Por inclinação ao imediatismo e cálculo 
interesseiro, ao avaliar o cômputo das 
vantagens que auferem em face de suas 
atitudes e comportamentos, até as 
pessoas honestas tendem a sentir raiva 
de si mesmas; esta tendência, muitas vezes 
não expressa, gera o conflito constante 
entre abandonar a máxima prudência e 
cometer atos ilícitos, inadequados e 
condenáveis para auferir vantagens
de ordem particular ou individual, ou 

cumprir o seu dever e ser taxado como 
um ser fora de moda e não muito esperto.

Neste caos conflituoso, de incertezas, 

obscuridades, inconsequências e impunidade, 
onde as oportunidades se apresentam a 
seduzir para desvios de conduta e para a 
corrupção, aceitá-las ou não, é um ato próprio
do livre arbítrio, é decisão intransferível. Ato 

de sensatez seria escolher a direção rumo a 
construção de um modelo de prescrição para 
seguros comportamentos que possam 
influenciar a condutas respeitosas,
estáveis e ao senso do dever.

Queremos crer que a autonomia da vontade 

é o passo mais importante e fundamental 
para se estabelecer o princípio supremo da 
moralidade. Queremos crer que há 
possibilidade de se firmar, na sociedade, 
condutas e comportamentos adequados à 
convivência social pacífica e ao 
estabelecimento do bem comum. Queremos 
crer que a essência vale mais do que 
a aparência e que o bem comum,
o bem supremo, é mais construtivo do que 

o atendimento a meros interesses de ordem 
estritamente individual e particular.

Quanto vale a dignidade? 

Quanto vale o reconhecimento?
Que valor se dá à lisonja de alguns 

poucos bajuladores?
De uma coisa estou certo, a possibilidade 

existe e ainda está em tempo de ser 
“legislador e súdito
no campo das vontades!”

A todos, o meu desejo é de um Feliz Natal
e um 2010 pleno de realizações.



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