MUITOS A GUARDAR EM PEÇA, A MORAL,
SEM QUERER VIVÊ-LA NO COTIDANO,
A DECANTAM APENAS EM PEÇA TEATRAL.
(TS - PARAFRASEANDO JOSEPH JOUBERT)
TEMPO DE DECISÃO
TÉRCIO STHAL
Por inclinação ao imediatismo e cálculo
interesseiro, ao avaliar o cômputo das
vantagens que auferem em face de suas
atitudes e comportamentos, até as
pessoas honestas tendem a sentir raiva
de si mesmas; esta tendência, muitas vezes
não expressa, gera o conflito constante
entre abandonar a máxima prudência e
cometer atos ilícitos, inadequados e
condenáveis para auferir vantagens
de ordem particular ou individual, ou
cumprir o seu dever e ser taxado como
um ser fora de moda e não muito esperto.
Neste caos conflituoso, de incertezas,
obscuridades, inconsequências e impunidade,
onde as oportunidades se apresentam a
seduzir para desvios de conduta e para a
corrupção, aceitá-las ou não, é um ato próprio
do livre arbítrio, é decisão intransferível. Ato
de sensatez seria escolher a direção rumo a
construção de um modelo de prescrição para
seguros comportamentos que possam
influenciar a condutas respeitosas,
estáveis e ao senso do dever.
Queremos crer que a autonomia da vontade
é o passo mais importante e fundamental
para se estabelecer o princípio supremo da
moralidade. Queremos crer que há
possibilidade de se firmar, na sociedade,
condutas e comportamentos adequados à
convivência social pacífica e ao
estabelecimento do bem comum. Queremos
crer que a essência vale mais do que
a aparência e que o bem comum,
o bem supremo, é mais construtivo do que
o atendimento a meros interesses de ordem
estritamente individual e particular.
Quanto vale a dignidade?
Quanto vale o reconhecimento?
Que valor se dá à lisonja de alguns
poucos bajuladores?
De uma coisa estou certo, a possibilidade
existe e ainda está em tempo de ser
“legislador e súdito
no campo das vontades!”
A todos, o meu desejo é de um Feliz Natal
e um 2010 pleno de realizações.
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