segunda-feira, 14 de julho de 2008

A ARANHA JOGA SUA TEIA

























DE SORTILÉGIO E DE CIÊNCIA
NO DESERTO VÁRIO DO DIA.

(LEDO IVO)



O ESPELHO RASO
TÉRCIO STHAL

Não por acaso,
O olho que vê
Ao espelho raso
O olho que não vê,
Vê a aranha a construir
Sua teia para atrair
E, premeditadamente, matar
A distraída mosca em seu voar.

Não por acaso,
O olho que vê
Ao espelho raso
O olho que não vê,
Vê o debater da mosca
Diante da aranha e de seu olhar
Tentando, heroicamente, escapar
Da morte horrenda e tosca.


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