(ESCRITORTERCIO)
BATENDO O TAMBOR
TÉRCIO STHAL
Contra os muros que se erguem,
contra as pontes que derrubam,
- e contra as pontes que caem, -
bato o tambor do choro emudecido.
Bato o tambor
do parto à fórceps e
de todo riso forçado.
Bato o tambor
do fim da feira e
dos restos colhidos.
Bato o tambor e
canto redondo o quadrado.
Bato o tambor e
canto a minha aldeia de rabo torcido.
DA LUTA DIÁRIA
TÉRCIO STHAL
Trombeta quando soa não chora, nem sorri.
Bandeira exposta ao vento não sabe a hora.
Poeta não é cão, pra dormir com pedigree.
Vida, Morte, e Vento, levam os sons embora.
Eu nunca soube qual dor é a maior:
Se a do parto, ou a da perda.
Não sei se dói mais o fogo que arde,
ou a fumaça que invade e sufoca.
"Quem não se dispõe a decidir
sobre o que é preciso fazer,
vive, sofre, e morre, nas mãos,
ou sob os pés, dos que decidem."
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