sábado, 8 de março de 2014

HÁ QUEM COMA MEL SEM MEDO DE SE LAMBUZAR.






















HÁ QUEM DESCARTE O FEL POR MEDO DE SOFRER.
HÁ QUEM NÃO SAIBA DISTINGUIR UM DO OUTRO.

(ESCRITORTERCIO)




AS CORES DO MEU PINCEL
TÉRCIO STHAL

Se a pingar o meu conta gotas
eu transformar meu veneno em mel

Se eu disser palavras soltas 
e transformar o meu inferno em céu

Se até as minhas ideias rotas
não viverem só, nem morrerem ao léu

Até os meus dias beges e cinzas
serão Arco-íris pintados com meu pincel




NAS ENTRELINHAS
TÉRCIO STHAL

Se a construir e desconstruir me ponho
como saber e controlar o caldo que sobra?

Se no ralo vejo desaguar o que eu sonho
sinto que minha alma e meu corpo me cobra!

Se nas entrelinhas flui de mim só o tristonho
como não constituir-me em massa de manobra?

Se eu falar só de amor e mostrar-me risonho
o que pode advir de tão rica e copiosa obra?

Se agir como louco, bobo, ou palhaço bisonho
sendo duplo e dúbio sentidos em água salobra,

se sinto, penso, sondo, e a dizer não me disponho
como conhecer outra forma, a contramanobra?



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