(ESCRITORTERCIO)
AS CORES DO MEU PINCEL
TÉRCIO STHAL
Se a pingar o meu conta gotas
eu transformar meu veneno em mel
Se eu disser palavras soltas
e transformar o meu inferno em céu
Se até as minhas ideias rotas
não viverem só, nem morrerem ao léu
Até os meus dias beges e cinzas
serão Arco-íris pintados com meu pincel
NAS ENTRELINHAS
TÉRCIO STHAL
Se a construir e desconstruir me ponho
como saber e controlar o caldo que sobra?
Se no ralo vejo desaguar o que eu sonho
sinto que minha alma e meu corpo me cobra!
Se nas entrelinhas flui de mim só o tristonho
como não constituir-me em massa de manobra?
Se eu falar só de amor e mostrar-me risonho
o que pode advir de tão rica e copiosa obra?
Se agir como louco, bobo, ou palhaço bisonho
sendo duplo e dúbio sentidos em água salobra,
se sinto, penso, sondo, e a dizer não me disponho
como conhecer outra forma, a contramanobra?
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