quinta-feira, 29 de outubro de 2009

JÁ APRENDI A NAVEGAR,























Com asas de cera, no ar,
Acima do bem e do mal,
Distante do Sol,
Distante do Mar;

Até sem cultura de rede,
E sem sede de ir pescar,
Nem muito ao Céu,
Nem muito à Terra,
E sempre a sobrevoar.

Minhas asas já sei usar,
E acho isto incrível,
Já não as perco no ar,
Não caio no imenso Mar,
E navego sempre livre.

(ESCRITORTERCIO)



RESPINGOS
TÉRCIO STHAL

Quem tem língua de fogo
Nem sempre está com a razão,
Precisa cuidar, logo,
Das asas de cera e da ambição...

A língua de fogo pode vir a derreter 
As asas, em pleno ar,
Que aos respingos podem desaparecer
E cair no chão ou no Mar.


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