É DAR BELAS LUVAS PARA O GATO.
QUEM PODE, MANDA, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO,
MAS GATO DE LUVAS NÃO PEGA RATO.
(LA FONTAINE/RONDEL/FRANKLIN)
PALÁCIO DOS BICHOS
TÉRCIO STHAL
Era uma vez um grande Cachorro,
Em seu Palácio no alto do morro,
Palácio chique, bem diferente,
Só tinha bichos, não tinha gente.
O grande Cachorro, todo elegante,
Mandava em todos, era arrogante,
Os gatos, de pronto, o obedeciam
E os ratos, a correr, se escondiam.
Assim era a vida no belo Palácio,
A convivência era nada fácil.
O Cachorro comia e bebia de tudo,
E cada dia ficava mais barrigudo,
Os gatos comiam só o que sobrava,
Nem para matar a fome e a sede dava.
Aos ratos sobravam só as migalhas,
e eles não podiam cometer falhas,
Os nacos de queijo em ratoeiras,
E outros em posições traiçoeiras.
Assim era a vida no Palácio,
A convivência era nada fácil.
Os ratos tramavam por guizos nos gatos,
E os gatos ensaiavam encantoar os ratos,
O grande Cachorro a tudo assistia,
E dava risadas, com grande alegria.
O projeto dos guizos nunca deu certo,
Os gatos, de fato, eram muito espertos
O grande Cachorro alertava os gatos:
Cuidado com o movimento dos ratos.
Assim era a vida no belo Palácio,
A convivência era nada fácil.
Pequenos acordos e grandes negócios,
No Palácio os bichos viraram sócios,
A manter sempre a grande correria,
Para passar o tempo e ganhar o dia.
O grande Cachorro mantendo os gatos,
E os gatos fingindo caçar os ratos,
Os ratos fingindo estar com medo,
A correr pelo Palácio desde cedo.
Assim levam a vida no belo Palácio,
Os bichos soltos de vida fácil.
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