(TS - PARAFRASEANDO ANAXARCO)
DO CÉU AO CHÃO E VICE-VERSA
TÉRCIO STHAL
Da sacada do meu apartamento
Vejo as grandes bolhas de sabão
No subir-descer, ao sabor dos ventos,
E a explodir no espaço, ou no chão.
Mais adiante nuvens em movimento,
Disputam o espaço no azul do Céu,
Vapores presos em compartimentos
A cumprir com empenho o seu papel.
O que seria da bolha sem o ar?
O que seria a nuvem sem o vapor?
Mesmo sem timão a direcionar,
Em cada cenário estão a compor.
Qual grande ganso sem pescoço,
Feito fato e foto em filme fútil,
Qual carne sem alma e sem osso,
Desnecessário, talvez, mas útil.
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