sábado, 28 de março de 2009

CADA INDIVIDUO QUER LEVAR VANTAGEM















SEM PREOCUPAR-SE COM O BEM ESTAR DE OUTREM.

(TCHERNICHVSKI)




A CONSTANTE
(O TAMANDUÁ)
TÉRCIO STHAL

Sugando forças e energias,
O monstro, o tamanduá,
A moer a carnificina
E a dizer que são ossos,
São ossos do ofício
E são duros de roer
E que, em tempos de crise
As noites são necessárias
Para produzirem os sonhos.

Nada obsta,
Nada consta,
E é o bastante
O não obstante.

Cochilou
Cachimbo cai,

E se for rapé
Atchim,
Achincalhe,
Saúde!
E laborar.



JEITINHO BRASILEIRO
TÉRCIO STHAL

Enquanto isso, na República das desigualdades,
os Partidos, grupos de mercenários, vendem-se
a qualquer preço; são como noiva que escolhe o
pretendente pelos seus dotes financeiros e por
sua posição social, mas depois que o suga e o
empobrece, o deixa, e põe-se a procurar outro
pretendente.

Os Candidatos, por sua vez, são escolhidos por
sua capacidade de angariar recursos financeiros
e votos; depois de aprovados em Convenção 
Partidária, saem à caça de recursos financeiros
para a Campanha Eleitoral.

A Campanha Eleitoral é financiada por Lobistas,
Empreiteiras e Agiotas que, imediatamente após
às Eleições, cobram o ressarcimento do quanto 
aplicado, com juros e correções. Os eleitos, via 
de regra, elaboram Projetos que os privilegiam
e firmam contratos com seus patrocinadores de
Campanha e, logo a seguir, os superfaturam por
aditamentos de valores na ordem de cinquenta 
por cento.

Por ser assim, os Políticos eleitos, são reféns e
cúmplices da corrupção que se estabelece como
prática usual e comum.

Nos corredores dos Palácios o que se vê é o corre-
corre de lobistas e ricos empreiteiros, agiotas e
sonegadores que se locupletam com o dinheiro dos
cidadãos contribuintes. E a maioria dos grandes 
grupos econômicos e financeiros que patrocinam 
Campanhas Eleitorais e dos Políticos carreiristas
costuma multiplicar suas fortunas e patrimônios em
curto espaço de tempo.

Este parece ser o jeitinho brasileiro de se fazer 
política; Se é que podemos chamar isto de Política.

Até quando fazer vistas grossas, e tolerar este 
deprimente quadro. Até quando defender imunidade 
que serve para conduzir e reproduzir a impunidade.


Nenhum comentário: