(J.P.STAHL)
AOS POMBOS
TÉRCIO STHAL
Com a cabeça dura que nada pensa,
Pupilas delineadas que não refletem,
Qual candelabro que nada ilumina.
Tem olhos, mas que é de o brilho?
Peito também, mas onde o pulsar?
Retas, curvas, contornos sem sina.
Na boca só o sorriso de bronze,
Que é de a pretensão do saber, hein?
E onde a anca com o sexo a arder?
Não ouve passar o trem das onze,
Não pode ver, nem admirar nada,
Nada transpõe e nunca vai além.
Fera morta, imóvel, surda-muda,
Aos pombos, eis a estática estátua,
Exposta por estar, mas não ser.
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