sexta-feira, 4 de abril de 2008

O LIMITE NÃO ESTÁ NAS NUVENS,


























NEM NO LINDO ARCOÍRIS, SEM PAR.

O LIMITE ESTÁ SEMPRE EM HOMENS,
DE PERNAS CURTAS E SEM ASAS,
QUE SE FECHAM EM SUAS CASAS
E NÃO CONSEGUEM EXPLORAR.

(ESCRITORTERCIO)



TÉRCIO STHAL
CONTRASTE

Nos escombros e ruínas
Há molambos e espectros,
Trapos, farrapos e restos,
Com espinhos cravados no peito,
Fruto do mundo cão e da vil infâmia.
De terceira mão, estorvos,
Obstinados mortos vivos do porão
Sob o olhar de tantos corvos.

Nos Jardins da Babilônia
Os mandarins, os espertos
Em orgias, farras e incestos,
Brindam e bons vinhos degustam,
Alardeando tempo bom e, com "glamour."
Felicidades, sem estorvos,
Além das nuvens, a léguas do chão,
Bem acima de todos os corvos.



TÉRCIO STHAL
AVILTAMENTO

O Lobo da Estepe
Em seus açoites rubros,
Seus mitos e estrepes,
Seus velados estupros,
Sequestros e sequelas,
Mau zelo e mazelas,
Insistentes incestos,
Rugindo alto, qual algoz,
Consome-se nos restos,
Aviltado, fugaz, mas feroz.



TÉRCIO STHAL
DEGENERAÇÃO

Harry respira o azar
Do terror nos jornais,
Do sarcasmo e indução,
Para além dos sorrisos irônicos
Das colunas sociais.

Mas, às vezes, dá o tom,
Vai além e acima da média,
Com languidez e ojeriza
Aspira a tragicomédia.
Age como Lobo feroz,
Algoz de si mesmo
Em aviltamento atroz.

Rastos na estepe,
De açoites rubros,
De velados estupros,
Com mitos e estrepes,
Sequestros, sequelas,
Mau zelo, mazelas
E vis incestos.

Trágico e cômico
A desbancar o siso
E provocar o riso.
A invocar o choro
E evidenciar o aviso
De doença crônica
E de angústia de morte.

Ao Lobo feroz, no devir,
Resta o riso fugaz
Ou chorar por morrer de rir.



TRAGICOMÉDIA
(O CONTRASSENSO)
TÉRCIO STHAL

A tragédia é cômica,
Desbanca o siso,
Invoca o choro, 
Provoca o riso.
É dor, doença crônica,
Vidência, aviso.
Angústia de morte.

O trágico é tão péssimo
E tão cômico,
Que nos faz chorar
E morrer de tanto rir.



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