QUANDO QUERO VER O CÉU
OU QUANDO QUERO VIR AO CHÃO.
OU QUANDO QUERO VIR AO CHÃO.
(ESCRITORTERCIO)
QUE NEM TUDO PASSE
TÉRCIO STHAL
Passa o trem fantasma,
passa também o mau agouro.
Passa o efeito de cada bomba
logo depois de cada estouro.
Das juras de amor eterno
somem o mel, a prata e o ouro.
No umbigo de outrora,
agora, sobra o mais grosso couro.
Tem o toureiro e a plateia
querendo cansar o touro.
Permanece a ignorância
sobre o tempo vindouro.
Será que há luz no fim do túnel
ou pelo menos um mapa do tesouro.
Que a esperança e o sorriso
nos rostos sejam imorredouros.
QUEM VAI PAGAR O PATO?
TÉRCIO STHAL
Por todo o país
o povo cansado de ser tratado
como "gato e sapato".
Poetas nos jardins
falam de flores e de espinhos:
Imagens, fotos e retratos.
Loucos gritam nas Praças:
O Rei está completamente nu!
Sua cabeça será servida no prato.
"Bobos da Corte" riem,
encenando cada ato:
Nem insanos, nem insensatos.
Às vezes o Rei sai do sério:
Onde está o meu desjejum?
Alguém vai pagar o pato.
Na Corte estronda um grito:
Não há mais o que fazer!
Nossa! Como o povo é ingrato.
TÉRCIO STHAL
Por todo o país
o povo cansado de ser tratado
como "gato e sapato".
Poetas nos jardins
falam de flores e de espinhos:
Imagens, fotos e retratos.
Loucos gritam nas Praças:
O Rei está completamente nu!
Sua cabeça será servida no prato.
"Bobos da Corte" riem,
encenando cada ato:
Nem insanos, nem insensatos.
Às vezes o Rei sai do sério:
Onde está o meu desjejum?
Alguém vai pagar o pato.
Na Corte estronda um grito:
Não há mais o que fazer!
Nossa! Como o povo é ingrato.
NOS TEMPOS E ESPAÇOS VAZIOS
assentam-se
e balançam as cadeiras
as lembranças
e a saudade.
TÉRCIO STHAL
Nos tempos e espaços
vazios de realidade
assentam-se
e balançam as cadeiras
as lembranças
e a saudade.
SINCERO
TÉRCIO STHAL
Sem cera e sério.
Sem cerimônia.
Sincero.
Copo que se diverte
quando verte e seca
a última gota.
Da mais valia
o que menos vale
escoa pelo ralo.
De tudo, sobra:
Nada mais, nem menos,
do que o essencial.
Sem cerimônia.
Sincero.
Copo que se diverte
quando verte e seca
a última gota.
Da mais valia
o que menos vale
escoa pelo ralo.
De tudo, sobra:
Nada mais, nem menos,
do que o essencial.
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