quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O HOMEM CRIOU O ESPELHO






























PELA SUA IMAGEM E SEMELHANÇA.

(SOFOCLETO)



TEMOS
NO ESPELHO
COLORIDO,
A VIDA. 

(GOETHE)



CALIDOSCÓPIO PRISMÁTICO
TÉRCIO STHAL

Quando o líquido cristalino
Se faz recipiente, aprisco,
As imagens mostram o prisco,
O distinguir, o pristino.

E então, no cilíndrico objeto,
O refletir de cada aspecto,
De cada ponto do mundo,
Lá no fundo, bem no fundo,

Os móveis e vitrificados fragmentos
No jogo de espelhos longitudinais
Vão moldando larguras e comprimentos,
Alturas e áreas espaço-temporais...

Produzem e reproduzem,
E ampliam e reduzem,
Combinações de imagens,
Combinações de miragens.

E ao refletir cada ponto,
Cada quadro presente,
Cada ícone, cada encontro
E cada espaço ausente.

Assim, no poliedro,
Com faces paralelas e congruentes,
A pretensão e o assédio
Com as faces em paralelogramos

E, na substância transparente
O acender das chamas,

O dispersar, o refratar
Ou o refletir da luz,
Para que sua intensidade sem par
Não afete quem a conduz.

No prismático calidoscópio,
No jogo entre gasosos,
Entre líquidos e sólidos,
Entre espelhos e miragens.

Do labirinto de imagens:
Mensagens e caricaturas,
Ilustrações e figuras
De páginas que coincidem ou não,
Quando superpostas.

De páginas que harmonizam ou não,
Perguntas e respostas.

Mas com o fim a que se destina,
Ou seja, em tudo mostrar a sina:
Da noite, a escuridão e as sombras,
E a coerência e harmonia
Na plenitude da luz do dia.



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